Estudar: Vacina HPV não prejudica a fertilidade das raparigas
FRIDAY, 24 de Agosto de 2018 (HealthDay News) — A vacinação HPV não prejudica a fertilidade futura das raparigas adolescentes, diz um novo estudo.
Estudos de grande escala chamaram ao HPV (papilomavírus humano) vacina segura, mas as taxas de vacinação nos Estados Unidos são inferiores às de outras vacinas recomendadas para adolescentes, tais como tétano difteria-acelular tosse convulsa (Tdap) e conjugado meningocócico.
As preocupações dos pais com a segurança, incluindo o impacto na fertilidade futura, estão frequentemente ligadas a taxas mais baixas de vacinação contra o HPV.
“Relatórios de menopausa prematura após a vacinação contra o HPV têm recebido muita atenção dos meios de comunicação social, incluindo as redes sociais. Contudo, estes relatórios foram baseados num pequeno número de casos isolados e devem ser interpretados com cautela”, disse a autora principal do estudo, Allison Naleway.
É uma investigadora do Centro Permanente de Investigação Sanitária Kaiser em Portland, Ore.
A Naleway e a sua equipa estudaram quase 200.000 mulheres jovens e disseram não ter encontrado nenhum risco elevado de IPO após HPV ou outras vacinas recomendadas.
De perto de 59.000 mulheres jovens que receberam a vacina contra o HPV, apenas uma desenvolveu mais tarde possíveis sintomas de IPO, disse Naleway.
“Se o POI for desencadeado pela vacina contra o HPV ou outra vacina adolescente recomendada, teríamos esperado uma incidência mais elevada nas mulheres mais jovens, que tinham maior probabilidade de serem vacinadas. Mas não encontramos nenhum risco elevado para estes indivíduos”, disse ela num comunicado de Kaiser Permanente.
Co-author Julianne Gee é epidemiologista nos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA.
“Embora a segurança destas vacinas esteja bem estabelecida, este importante estudo oferece provas científicas adicionais, baseadas na população, de que o HPV e outras vacinas para adolescentes não têm um impacto negativo na fertilidade das mulheres jovens”, disse Gee.
O estudo foi publicado a 21 de Agosto na revista Pediatrics.