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Falta de luz solar durante a Idade do Gelo afectou a produção de leite materno

Níveis de vitamina D diminuídos na população indígena americana durante a última Idade do Gelo levaram a um aumento do fluxo de leite materno e “incisivos em forma de pá”.

Esta história começa há 28.000- 18.000 anos atrás como o Último Máximo Glacial, ou a última era glacial, iniciada. À medida que as temperaturas e a produtividade baixavam, uma parte da população humana migrou para uma região entre a Ásia e a América do Norte chamada Beringia, onde permaneceu isolada durante um período de cerca de 10.000 anos antes de se dispersar no Novo Mundo. Esta população passou a ser conhecida como os ‘Nativos Americanos’

Nearly all Native Americans have ‘shovel-shaped incisors;’ the origin of this trait has piqued the curiosity of researchers for some time. Foi proposto que a selecção para este traço aconteceu algures durante a última era glacial, quando a população indígena americana estava geograficamente isolada em Beringia.

Este traço surge devido à mutação no gene EDAR, que codifica o receptor da ectodisplasina A. Este receptor controla a densidade das glândulas sudoríparas, a espessura das hastes capilares, e a ramificação dos ductos nas glândulas mamárias, assim como a forma dos dentes. Pensou-se que esta mutação surgiu devido à selecção para mais glândulas sudoríparas e dentes enfiados foram também co-seleccionados como a mesma forma de dentes e glândula sudorípara controlada pelo gene. Contudo, os autores de um estudo recente em PNAS não estavam convencidos de que as glândulas sudoríparas fossem a resposta.

Em latitudes superiores a 48°, onde a população de Beringia estava isolada, quase não existem níveis UV-B. A exposição UV-B é crítica para a biossíntese da vitamina D, que regula a absorção do cálcio, o sistema imunitário e as doenças auto-imunes.

Assim, nestas regiões, a dieta tem de ser fortificada com alimentos ricos em vitamina D. Embora a dieta possa suplementar crianças mais velhas e adultos, isto ainda coloca as crianças em amamentação num grande risco de deficiência de vitamina D. Curiosamente, o gene que causa os dentes enfiados também aumenta a ramificação dos ductos mamários. Sabe-se que a vitamina D das mães pode ser transferida para o leite materno, e o estudo sugere que as crianças em condições de baixos níveis de UV-B seriam particularmente dependentes do leite materno das mães pela sua fonte de vitamina D.

O estudo propõe que uma mutação no gene EDAR foi seleccionada durante a era do gelo na população nativa americana para influenciar o conteúdo de leite. Isto foi para aumentar os níveis de vitamina D nas crianças que amamentam para contrariar os baixos níveis de produção de vitamina D induzida por UV-B.

Assim, a forma do dente nos nativos americanos que iniciou a curiosidade dos investigadores foi simplesmente um efeito secundário.

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