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Imagem de lesões por fractura de tensão nas extremidades inferiores

Reacções de tensão e fracturas de tensão nas extremidades inferiores ocorrem frequentemente em populações militares e atléticas. Como os sintomas clínicos de fractura por stress podem imitar outras lesões músculo-esqueléticas menos graves, o diagnóstico de fractura por stress pode muitas vezes ser atrasado. O artigo seguinte analisa as características, vantagens e desvantagens dos vários instrumentos de imagem disponíveis para detectar a fractura por stress dos membros inferiores, a fim de esclarecer a sua utilidade ao diagnosticar esta condição. A radiografia simples, o principal instrumento de imagem para o diagnóstico de lesões suspeitas de stress, pode não detectar lesões por fractura de stress até que a cura da fractura esteja bem encaminhada. Em alguns casos de suspeita de fractura por stress, este atraso no diagnóstico pode levar a uma fractura catastrófica e intervenção cirúrgica. A cintilografia óssea há muito que é recomendada para o diagnóstico de fractura por stress, alegando que a cintilografia óssea é 100% sensível para a detecção de fractura por stress. Contudo, existe um potencial para um falso exame negativo e os resultados podem ser inespecíficos, uma vez que os tumores ou infecções podem imitar lesões por stress. Além disso, a cintigrafia óssea envolve radiação ionizante e não deve ser utilizada sempre que haja uma alternativa. A tomografia computorizada (TC) fornece detalhes ósseos primorosamente finos, mas deve ser reservada apenas para indicações específicas, porque também envolve radiação ionizante. A ressonância magnética (RM), que é não invasiva, não tem radiação ionizante, é realizada mais rapidamente do que a cintilografia óssea, e deve ser o método de escolha para o diagnóstico de fractura por stress sempre que estiver disponível. No entanto, a utilização da ressonância magnética exige um diagnosticador experiente, a fim de diminuir as lesões falso-positivas comunicadas. A técnica de ultra-sonografia, que está a ser cada vez mais utilizada na avaliação do sistema músculo-esquelético, demonstrou recentemente ter algum potencial no diagnóstico da fractura por stress; contudo, actualmente, as modalidades de imagem são insuficientes. O dispositivo periférico de TC quantitativa (pQCT), que foi desenvolvido para avaliar especificamente o estado esquelético das extremidades, fornece dados sobre a geometria, força e densidade ósseas. No entanto, o pQCT necessita de uma avaliação mais aprofundada antes de ser considerado para utilização no diagnóstico de alterações de stress no osso. Este artigo analisa a utilidade de cada uma das modalidades de imagem actualmente disponíveis para detectar lesões por fractura por stress das extremidades inferiores, bem como outros factores de utilização, que incluem a exposição à radiação ionizante, a capacidade de detectar reacções em fase precoce e tardia no osso e tecidos moles circundantes, e a capacidade de diferenciar entre diferentes tipos de lesões ósseas.

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